Hipertireoidismo ou doença de Graves. O excesso de função da tireoide pode se associar a doença nas órbitas (exoftalmo)O hipertireoidismo causando aumento difuso da glândula tireoide a que se associa função elevada da glândula é denominado também de doença de Graves. O paciente terá todos os sinais do hipertireoidismo, ou seja, agitação psicomotora, batimentos cardíacos rápidos e muitas vezes irregulares, pulso muito elevado, emagrecimento apesar de apetite voraz, perda da massa muscular, agitação psicomotora e vários outros sinais de excesso de função da glândula tireoide. Em 10 a 20% dos casos, coexiste alterações nas órbitas, desde inflamação até sinais de uma doença ocular característica da doença de Graves que pode ser descrita como leve ou moderada protusão das órbitas (olhos saltados) e grande inflamação de todo o conjunto dos globos oculares. Exoftalmo no hipertireoidismo – oftalmopatia de Graves Um grupo de investigadores, liderados pelo Dr. Watanabe, publicou em setembro de 2015 os resultados de um estudo realizado em 295 pacientes que foram submetidos ao tratamento do hipertireoidismo com iodo radioativo para a cura do hipertireoidismo da doença de Graves. Esses pacientes foram avaliados durante 1 ano ao fim do qual a órbita foi totalmente examinada por meio de ressonância magnética. 148 pacientes receberam cerca de 15 mg de predinisolone (anti-inflamatório bem conhecido). Apenas 29 pacientes, ou seja, 9,8% tinham sinais bem evidentes de orbitopatia, ou seja, doença inflamatória da órbita. Notar que apenas 7 pacientes de todo o grupo necessitaram de um tratamento oftalmológico completo com altas doses de corticosteroides, ou seja, predinisolone. Essas cifras são significantes mais baixas no que se refere a incidência de orbitopatia, após tratamento com radioiodo da doença de Graves. Concluíram os autores que a população japonesa parece apresentar uma incidência mais baixa de doença ocular em pacientes com hipertireoidismo, após tratamento com iodo radioativo. As razões pelas quais a incidência seria mais baixa em japoneses não foram identificadas. De qualquer modo, esse artigo nos indica que os pacientes com hipertireoidismo e moléstia de Graves devem ser cuidadosamente seguidos quanto a eventuais sinais inflamatórios na região orbitária até 1 ano após a eventual “cura” pelo radioiodo.Referência: Watanabe N, et al. Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, Maio-2015.
Source: Indatir