Indatir

– A tireoide é uma glândula com um formato de uma borboleta, localizada na frente do pescoço, próximo ao peito.

– Cada asa (lobo) da tireoide mede aproximadamente 4 cm de comprimento e 2 cm de largura.

– Seu peso aproximado é de 12 gramas.

– Ela é maior nos homens e menor nas mulheres.

– Além dos humanos, a glândula tireoide é encontrada também em todos os animais vertebrados.

– Ela produz os hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), que regulam a função de órgãos como o cérebro, coração, fígado e rins.

– A produção dos hormônios tireoidianos é controlada por outra glândula denominada hipófise, através do seu hormônio TSH (hormônio estimulador da tireoide).

– Se a glândula tiroide produzir quantidades excessivas de T3 e T4, a liberação do TSH estará dimimuída. Por outro lado, se a glândula tireoide produzir quantidades insuficientes de T3 e T4, haverá maior liberação do TSH para estimular maior produção dos hormônios tireoidianos.

– A glândula tireoide atua também no sono, memória, raciocínio, controle emocional, temperatura do corpo, funcionamento do intestino, e na regulação do ciclo menstrual e fertilidade nas mulheres. No feto, os hormônios tireoidianos agem na formação dos órgãos, principalmente o cérebro.

– Hipotireoidismo significa deficiência na produção dos hormônios T3 e T4 pela glândula tireoide.

– É mais frequente em mulheres, mas pode atingir qualquer pessoa, independente do sexo ou idade, incluindo os recém-nascidos. O hipotireoidismo no recém-nascido pode ser diagnosticado pelo “Teste do Pezinho”

– Em adultos, geralmente o hipotireoidismo é causado por uma inflamação na glândula tireoide denominada de “Tireoidite de Hashimoto”.

O paciente pode apresentar os seguintes sintomas:

– intolerância ao frio

– apnéia do sono

– sonolência excessiva durante o dia

– dor muscular, fraqueza

– cansaço e indisposição

– reflexos lentos

– diminuição do apetite

– perda da memória recente

– atenção diminuída

– esquecimento fácil

– frequência cardíaca baixa

– dor de cabeça

– tristeza, depressão

– intestino preso

– cabelos finos e quebradiços

– pele seca e fria

– unhas fracas e quebradiças

– diminuição da libido

– alteração menstrual nas mulheres

– ganho de peso

– dificuldade para perder peso

– baixa estatura nas crianças

– baixo rendimento escolar

O diagnóstico do hipotireoidismo é feito pela dosagem do TSH e do T4 livre. Em algumas situações pode ser necessário a realização de outros exames.

O tratamento do hipotireoidismo deve ser feito, exclusivamente, com o uso da levotiroxina (T4) (Puran T4, Euthyrox, Levoid, Synthroid)

– Nunca utilize hormônios tireoidianos em formulações. Isso pode ser perigoso, podendo causar hipertensão arterial, arritmia cardíaca e morte.

– A maioria das farmácias de manipulação não tem precisão adequada para formular os hormônios tireoidianos.

– A manipulação do hormônio T4 (levotiroxina) não é necessária e nem recomendada, por existir o mesmo hormônio registrado e comercializado com a mesma forma farmacêutica.

– Nunca altere a dose do hormônio tireoidiano em uso sem consultar seu médico.

– Nunca altere a marca da levotiroxina !

– O T3 não deve ser utilizado no tratamento do hipotireoidismo, exceto em situações muito raras indicadas pelo seu médico.

– A manipulação do T3 é muito difícil, e por se tratar de um hormônio mais ativo que o T4, doses inadequadas podem ocasionar graves danos à sua saúde.

O hipotireoidismo pode estar associado ao ganho de peso devido somente a retenção de líquidos. Não existe uma relação direta entre obesidade e doença da glândula tireoide.

O Lugol é uma substância que contém uma grande quantidade de iodo. Atualmente, ela é utilizada em algumas raras condições.

– Para que a tireoide funcione normalmente é necessária uma quantidade certa de iodo para que ela produza os hormônios T3 e T4.

– A necessidade de iodo do ser humano é variável, dependendo da idade, sexo, estado gestacional ou período de lactação, calor e umidade regionais, além de hábitos individuais de adição de sal ao alimento.

– Em 1975 o censo de bócio em escolares ( quase 900.000 crianças ) em todo o Brasil indicou que cerca de 15% apresentava aumento do volume da glândula tireoide (bócio) por consumo insuficiente de iodo.

– Atualmente, com adição do iodo no sal, o Brasil é considerado um país com ingestão suficiente de iodo. Uma pesquisa recente para avaliação do sal de cozinha mostrou que 99,6% das amostras continham iodo, e 93,6% continham a quantidade mínima obrigatória de iodo.

– O consumo excessivo de iodo pode ser prejudicial à saúde. Estudos mostram que o consumo excessivo pode estar relacionado com a Tireoidite de Hashimoto”. Os pacientes com bócio multinodular tóxico e os pacientes com Doença de Graves podem apresentar piora do quadro clínico se consumirem iodo em quantidades excessivas.

– Procure o endocrinologista antes de tomar o LUGOL.